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  • Os melhores henriquinos de 2010
    24-11-2011




    O Infante premeia anualmente os seus melhores atletas com um lugar privilegiado na história do clube. Elegem-se os remadores que, pelos resultados competitivos, postura desportiva e desempenho escolar ou profissional, se destacaram entre os demais.

    Em 2010 atribuiu-se, pela primeira vez, o prémio de melhores atletas jovens do Infante, que deste modo se juntaram ao atleta do ano, atribuído há mais de uma década. No lugar pioneiro desta eleição ficaram dois remadores que diariamente ocupam as instalações do Infante, em busca do sonho de serem campeões. Duarte Pinheiro e Inês Durães partilharam connosco esta alegria e a sua ligação íntima com o remo.


    “Entrei para o remo bem cedo, com 10 anos, ainda no antigo posto náutico e mal comecei, fiquei logo aficionado da modalidade”, conta Duarte Pinheiro. Este atleta demonstrou desde os primórdios das suas remadas uma crescente capacidade e, de fato, arrebatou o primeiro título de campeão nacional ainda em infantil. De caráter forte e determinado, em iniciado assumiu a sua posição na dianteira da nossa equipa ao confirmar o seu poderio no skiff, ganhando o título nacional na competição mais importante, o Campeonato Nacional de Verão.

    Ao integrar a equipa juvenil, conseguiu manter as expetativas altas a que nos habituou, numa competição sempre mais difícil. Foi campeão nacional de double-scull . “No segundo ano de juvenil comecei a trabalhar com o treinador António Ramalho e posso afirmar que foi a melhor época de sempre, não só pelos resultados, mas principalmente pela criação de um grupo unido e trabalhador que foi o 8+ juvenil. Ainda como juvenil tive a oportunidade de sonhar mais alto e a entrada na seleção nacional foi um objectivo definido e cumprido. Pela primeira vez representei a seleção em França, numa pequena prova, que deu para aquecer os motores no que toca a provas internacionais”, descreve o atleta do Infante.

    Hoje, como júnior, Duarte Pinheiro ambiciona “ajudar o clube a ganhar tudo em que participa”. Paralelamente, carrega já no peito o peso das quinas portuguesas, estando no restrito grupo de atletas portugueses da seleção. Por tudo isto, em 2010, o Infante elevou este jovem ao pódio dos melhores homens que compõem o remo henriquino. Neste prémio, Duarte incluiu ainda os seus companheiros, a quem agradece ter chegado tão longe.


    E porque as mulheres são um pilar importante no Infante, Inês Durães foi destacada, no ano transato, como a melhor feminina jovem da equipa. Com um feitio “furioso”, a nossa atleta encara as competições sem medo. Esta característica elevou-a desde cedo aos pódios nacionais.

    “Vim para o remo, inicialmente, obrigada pelo meu pai, contrariada e chateada por não estar no desporto que aspirava seguir, a natação. O remo parecia-me uma modalidade bruta e nada simpática à partida. No entanto, hoje agradeço ao meu pai por me ter aberto esta porta e também por me ter deixado intoxicar por este vício que é o remo. Fez-me crescer a todos os níveis, ensinou-me a trabalhar em equipa, mostrou-me o que é sacrifício e empenho e que sem trabalho e dedicação não podemos ambicionar nada. E o mais importante é que não me arrependo das festas que perdi, das noitadas em que me deixei ficar em casa, dos nãos que disse aos amigos, tudo porque tinha treinos, mas que no final compensaram”, descreve a destemida Inês.

    Com diversos títulos nacionais enquanto iniciada e juvenil, Inês Durães debate-se agora com uma competição mais cerrada nos juniores. De olhar seguro e determinação sem limites, treina todos os dias, com aproveitamento escolar notável, e não se deixa demover pelas dificuldades. Nesta base, o Clube Naval Infante D. Henrique tornou-a na primeira premiada na categoria de remo jovem. “Ser atleta jovem do ano de 2010 foi uma agradável surpresa para mim e para os meus familiares, porque ninguém sabia que existia este prémio. Quando me chamaram para o receber fiquei muito feliz, pois considerei-o o reconhecimento do meu trabalho. E este trabalho, que fiz e que continuarei a fazer, devo-o aos treinadores e em grande parte aos meus pais, os meus apoiantes tanto nos bons como nos maus momentos”, remata Inês Durães.

    Joaquim Neves à voga do shell 4- que venceu a Taça de Portugal 2010.

    Na ribalta das nomeações de 2010 ficou o carismático Joaquim Neves. O “mais alto” atleta do ano passado marca a vida do Infante desde 2001, num estilo humilde, simpático e decidido. Entre irmãos remadores, nomeadamente o Sérgio e o Adriano Neves, Joaquim seguiu as suas passadas até à nossa equipa, contribuindo decisivamente para elevar o Infante em muitas regatas importantes. O seu contributo alargou-se para lá da fronteira portuguesa, representando a seleção nacional e demarcando-se entre os melhores homens do remo português. Mesmo assim, ainda hoje nos fala com um jeito despretensioso e divertido.

    “O remo ajudou-me a ter mais auto-confiança, a trabalhar em equipa, a concentrar-me melhor nas tarefas importantes e a desenvolver a minha capacidade física. Deu-me ainda umas valentes dores de costas e umas bolhas nas mãos. Coisas do oficio… Sem dúvida que o remo mudou a minha vida, pois além de tudo proporcionou-me a entrada na faculdade, graças ao estatuto de atleta de alta competição”, ilustra Joaquim Neves.


    O intenso curso de medicina privou-nos, em parte, da sua foliona presença diária, no entanto, e graças a uma capacidade física única, da qual beneficiam todos os irmãos Neves, continua a alinhar nos mais significativos campeonatos e a surpreender pela sua garra e aptidão.

    “Ao ganhar o título de atleta do ano na época 2003/2004 (a primeira vez), foi uma grande honra para mim, ver o meu trabalho de toda uma época ser reconhecido. Já o prémio de atleta do ano na época 2009/2010, encarei-o de forma diferente. Achei que foi mais um “prémio carreira” e, de fato, foi bom saber que reconhecem o meu trabalho ao longos destes 10 anos a remar pelo clube. Tenho pena de ver que cada vez é mais difícil para mim continuar a remar, mas também não vou deixar-me ficar à primeira, sem luta.”, assegura Joaquim Neves.

    A questão que se eleva agora é: Quem serão os destacados henriquinos de 2011? Uma forte razão para não perder o almoço do Clube Naval Infante D. Henrique.